
Porquê dosear fumonisinas?
As fumonisinas são micotoxinas resultantes da atividade de fungos do género Fusarium e têm a particularidade de ocorrer, quase exclusivamente, como contaminante em milho.

Isso mesmo está refletido no Regulamento (CE) 1881/2006 e suas alterações que apresenta no grupo das micotoxinas as fumonisinas com limites máximos admissíveis para milho e outros produtos à base deste cereal. As fumonisinas mais relevantes são a FB1 e FB2, sendo que a Fuminisina B1 é a que apresenta maior toxicidade e ocorre também em maior quantidade

Os limites máximos admissíveis estão regulamentados para a FB1 e para a soma da FB1 com a FB2.
Atendendo aos efeitos nefastos que estas substâncias tem na saúde (tanto humana como animal) é necessário proceder a um eficaz controlo do nível de contaminação existente no milho e em alimentos ou alimentos para animais que incorporem milho na sua composição.
De entre os efeitos indesejáveis destas toxinas realçam-se os carcinogénicos, nomeadamente a nível hepático e dos rins, existindo também uma elevada correlação com o surgimento de cancro do esófago e o nível de alimentos contaminados com fumonisinas.
Em 2016 o Laboratório de Segurança Alimentar implementou metodologia analítica para passar a proceder à determinação da FB1 e FB2 e passou a incluir estas determinações na lista dos seus ensaios. Com esta inclusão fica disponível mais uma importante ferramenta para a garantia da segurança alimentar dos géneros alimentícios.
ASAEnews nº 104 - dezembro