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Perguntas Frequentes (FAQ's) sobre E.coli


a. O que é E.coli? O que é STEC?

b. O que é o Síndrome Hemolítico-Urêmico (SHU)?

c. Como se dá a infeção?

d. O que fazer se ocorrerem sintomas de diarreia?

e. Está o surto associado aos rebentos a ocorrer em França relacionado com o surto na Alemanha?

f. Sabemos quais os alimentos responsáveis pelo surto atual?

g. Que tipos de rebentos são afetados?

h. O que é o feno-grego?

i. Os rebentos em geral acarretam risco de doença?

j. Como assegurar-se que os rebentos estão bem cozinhados?

k. São os rebentos cultivados em casa mais seguros?

l. Existem grupos de pessoas com maior risco de infeção?

m. Que outras recomendações podem ser tomadas quer em casa quer a nível dos operadores do sector alimentar?

n. Como podem as bactérias sobreviver em sementes vendidas em 2009?

o. Como evitar ficar doente através dos alimentos?

p. O que se quer dizer exatamente com "boa higiene pessoal das mãos"?

q. O que significam "práticas de manipulação de alimentos"?

r. É melhor evitar comer legumes até que o surto acabe?

s. Qual o papel da ASAE no acompanhamento dos surtos de E.coli?



a. O que é E.coli? O que é STEC?

É uma bactéria aeróbia-anaeróbia facultativa estando amplamente distribuída no ambiente; todos os seres humanos e animais contêm a bactéria Escherichia coli (E.coli) nos seus intestinos, a qual faz parte da sua flora normal sendo geralmente inofensiva. No entanto, existem certos tipos de estirpes de E.coli que são um risco para a saúde humana, nos quais se inclui as que são capazes de produzir toxinas. Estas estirpes são chamadas STEC/VTEC toxina shiga ou E.coli produtoras de verotoxina ou EHEC (E. coli enterohemorrágica), e as suas toxinas têm o poder de causar diarreia sanguinolenta e a síndrome hemolítico urêmico (SHU), uma complicação grave que pode ser fatal.
Uma das estirpes STEC conhecida como O104: H4, considerada como uma estirpe rara e muito virulenta, foi identificada como a causa dos surtos atuais na França e Alemanha.

O síndrome hemolítico urêmico (SHU) é uma complicação grave para a saúde que se pode desenvolver em pacientes que sofrem de anemia hemolítica (causada pela quebra anormal de células vermelhas do sangue) e trombocitopenia (redução de plaquetas necessárias para a coagulação do sangue), levando a diarreia grave e sangrenta. O SHU está associado a insuficiência renal aguda grave, muitas vezes exigindo cuidados intensivos.

A transmissão da infeção ocorre principalmente através da ingestão de STEC ou manipulação de alimentos contaminados e/ou contacto com animais infetados. Uma grande variedade de alimentos tem sido implicada em surtos como fontes de infeção, incluindo carne mal cozinhada e outras carnes, leite não pasteurizado, uma variedade de produtos frescos (por exemplo, couve, espinafre e alface), sumo não pasteurizado e queijo. Para causar infeção em seres humanos é suficiente um número muito pequeno de bactérias STEC. Pessoas infetadas podem também contaminar os alimentos durante a manipulação e preparação de alimentos. É, ainda, possível a transmissão pessoa-a-pessoa entre os contactos próximos (familiares, creches, asilos, etc.).

Se ocorrerem quaisquer sintomas de diarreia, e caso trabalhe numa cozinha em que prepare alimentos para o público, deve entrar em contacto com organismos de saúde, e restringir a manipulação de alimentos.
Ao desenvolver diarreia sanguinolenta deve procurar cuidados médicos. Ao desenvolver sintomas de diarreia preste especial atenção com a higiene das suas mãos. Lave as mãos com sabão e, se possível, com água quente, e enxagúe em água corrente potável imediatamente após a ida à casa de banho,
Deverá, também, evitar a preparação ou manipulação de alimentos.
Para mais informações consulte o site da Direção-Geral de Saúde.

A origem do surto francês está ainda sob investigação, pelo que até estar concluída a investigação não é possível fazer a ligação. Embora o surto em França seja também grave, é até à data, muito menor que o verificado na Alemanha.

O consumo de sementes é suspeito de ser a causa da infeção dos surtos na Alemanha e em França, e a identificação da E.coli O104: H4 em casos humanos em ambos os países constitui a ligação entre estes dois surtos. No entanto, a contaminação por E.coli STEC pode ser difícil de identificar em alguns produtos alimentares, incluindo sementes, e é possível que os investigadores não venham a encontrar nenhuma evidência microbiológica conclusiva.

Casos humanos de STEC na França relataram ter comido rebentos (mostarda feno-grego, e rúcula) como parte de vários pratos oferecidos num evento social em 8 de junho. Sementes de feno-grego importadas do Egipto em 2009 e/ou 2010, verificaram-se estar epidemiologicamente implicadas em ambos os surtos alemão e francês.
Há, no entanto, ainda uma incerteza sobre se esta é realmente a causa comum de todas as infeções, uma vez que atualmente não há resultados bacteriológicos positivos. Uma vez que as sementes de rebentos são vendidas misturadas, a contaminação cruzada durante o reembalamento não pode ser excluída. Assim, os consumidores devem ser aconselhados a não cultivar os seus próprios rebentos e assegurar que todos os tipos de rebentos são bem cozinhados antes de serem consumidos. Este conselho está sujeito a revisão regular à medida que haja mais informações disponíveis decorrentes das investigações em curso.

Feno-grego é uma leguminosa nativa da região mediterrânica, sendo que agora começou a ser utilizada para fins alimentares em muitas partes do mundo. Na cozinha asiática, as sementes inteiras ou moídas são usadas como tempero, sozinhas ou em combinação com outras especiarias. Sementes frescas germinadas ou rebentos são consumidas em saladas. O manuseio das sementes na colheita e pós-colheita é crítico relativamente à prevenção da contaminação microbiana.

Os rebentos podem acarretar risco de doenças transmitidas por alimentos. Ao contrário de outros produtos frescos, sementes e grãos precisam para germinar e crescer de condições favoráveis de temperatura e humidade. Estas condições de germinação são, também, ideais para o crescimento de bactérias como a E.coli.
Em surtos de origem alimentar associados a rebentos, a semente é tipicamente a fonte do agente bacteriano. Em produção em massa estão aprovadas uma série de técnicas para eliminar as bactérias nocivas que podem estar presentes em sementes e até mesmo testes microbiológicos para sementes durante a germinação. No entanto, nenhum tratamento garante a eliminação total de bactérias nocivas.
Com base nas suas avaliações, a EFSA e o ECDC aconselham vivamente os consumidores a não cultivar rebentos para consumo próprio e a não comer rebentos ou sementes germinadas a menos que tenham sido bem cozinhados.

Devem evitar comer-se rebentos crus de qualquer tipo mesmo os cultivadas em casa ou vendidos comercialmente. Sementes germinadas só devem ser consumidas se tiverem sido bem cozinhadas. A E.coli é destruída a uma temperatura de confeção de 70°C. Uma vez que é difícil medir a temperatura dos rebentos, recomenda-se cozinhá-los bem até que estejam tão quentes que se verifique a libertação de calor e não apenas mornos.

Não. Mesmo que apenas algumas bactérias nocivas estejam presentes no interior ou sobre a semente, a bactéria pode crescer a níveis elevados durante a germinação, independentemente do ambiente em que são cultivadas. É por isso que a EFSA e o ECDC também recomendam evitar comer rebentos cultivados em casa.

Crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas com sistemas imunitários debilitados devem evitar comer rebentos crus de qualquer tipo. Enquanto os casos de SHU são geralmente observados em crianças menores de 5 anos de idade,; neste surto, mais de 85% são adultos, com uma clara predominância de mulheres (cerca de 70%).

Os rebentos devem ser consumidos o mais rapidamente possível, dentro de poucos dias no máximo. Da mesma forma, os utensílios usados para a manipulação das sementes cruas e sementes germinadas devem ser limpos após o seu uso, de preferência a altas temperaturas.
Em casa ou em restaurantes, os manipuladores de alimentos devem assegurar-se que os procedimentos para evitar a contaminação cruzada são seguidos e as pessoas que manipulam rebentos crus devem lavar bem as mãos antes e após o contacto com os mesmos.

As bactérias podem penetrar nas sementes através de fendas existentes na casca antes das sementes serem cultivadas. Quando isso ocorre, essas bactérias são quase impossíveis de eliminar. Se as sementes estão secas e se apresentam isentas de humidade, a bactéria pode permanecer latente por anos, particularmente nas sementes armazenadas a baixas temperaturas.
Mais tarde, quando as sementes são germinadas, as condições de humidade e temperatura utilizadas pelos produtores são as ideais para o crescimento de bactérias.

Apesar das muitas medidas tomadas, os consumidores podem ser expostos a agentes infeciosos através de alimentos contaminados, em particular alimentos crus ou mal cozinhados. No entanto, existem algumas precauções simples que podem ser aplicadas para reduzir o risco de adoecer através de alimentos potencialmente contaminados, de animais ou através de outra pessoa doente. Assim, os consumidores em geral podem reduzir o risco se ficarem doentes em casa, seguindo as boas práticas de higiene das mãos e de manipulação de alimentos.

Lavar as mãos corretamente, com sabão e, com água quente, se possível, enxaguar e secar com cuidado usando toalha de cozinha (lavada regularmente a 60ºC) ou toalhas descartáveis:

  • Antes de preparar, servir ou comer alimentos;
  • Depois de usar os sanitários ou trocar fraldas;
  • Depois de manusear vegetais crus, raízes ou carne;
  • Após o contacto com animais ou depois de visitar uma exploração agrícola;
  • Depois de qualquer contacto com fezes de animais domésticos.


  • Qualquer pessoa com diarreia ou vómitos deve evitar a manipulação de alimentos;
  • A cozedura de legumes e carne destrói as bactérias causadoras de doenças e vírus;
  • Carne, incluindo a carne picada, deve ser bem cozida;
  • Todas as frutas com pele devem ser descascadas e, em seguida, lavadas em água corrente potável;
  • Todos os vegetais devem ser lavados corretamente sob água potável corrente, especialmente aqueles que não serão cozidos antes do consumo;
  • Descasque todos os vegetais de raiz e lave-os sob água corrente potável;
  • Evitar a contaminação cruzada, ou seja, propagação de bactérias de um alimento cru para um pronto a comer, alimentos cozidos ou, por exemplo, utilizando tábuas de corte separadas para carne crua e carne cozinhada ou legumes frescos;


Os consumidores não devem evitar o consumo de vegetais, dada a sua importância na dieta diária, proporcionando muitos benefícios nutricionais, mas, como sempre, durante a preparação, as boas práticas de higiene alimentar devem ser seguidas.

A ASAE, de acordo com as suas competências, tem estado a acompanhar as investigações em curso a nível Europeu, quer através do Sistema de Alerta Rápido RASFF, quer através da EFSA, estando a monitorizar a existência dos lotes de sementes e rebentos referenciados potencialmente contaminados, de acordo com as diretrizes da Comissão Europeia.

 


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