As substâncias que podem migrar para os alimentos dependem do material:
- Os materiais plásticos como garrafas, copos, película aderente, caixas para comida etc., são fabricados a partir de moléculas muito grandes que não são biologicamente disponíveis. No entanto, estão também presentes moléculas de baixo peso molecular, que possuem mobilidade suficiente e por isso podem migrar, como por exemplo: monómeros, solventes e aditivos como plasticizantes, antioxidantes, pigmentos e corantes etc.
- O papel e o cartão quando usados em contacto directo, são normalmente para produtos sólidos e secos. No entanto, no fabrico destes materiais são usados também diversas substâncias como adjuvantes e aditivos: cargas minerais, agentes de resistência à humidade e à gordura, biocidas, branqueadores e revestimentos com polímeros ou com ceras. Estas substâncias podem também migrar, mesmo para produtos secos, sobretudo se forem voláteis.
- As latas são correntemente fabricadas com folha-de-flandres ou com uma liga de alumínio. A primeira é essencialmente uma folha de aço revestida com Estanho. Assim, os principais metais que podem migrar, no caso das latas, são o Ferro, o Estanho ou o Alumínio. No entanto, as latas para contacto com alimentos húmidos, como conservas, salsichas ou patês e também as latas para bebidas, são tipicamente revestidas internamente por uma ou mais camadas de verniz. Assim, as substâncias que podem migrar e que são de maior preocupação, são as substâncias que se relacionam com o verniz, como compostos fenólicos, compostos da família do , etc.
- O vidro de embalagem para alimentos, é composto por sílica e óxidos de sódio e cálcio. Estes compostos não têm efeito relevante na segurança alimentar, uma vez que são um componente natural de muitos alimentos. No caso das cerâmicas, as principais substâncias controladas são o chumbo e o cádmio, que podem estar presentes como contaminante a partir das tintas e das substâncias para vidrado da superfície das peças.
