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Taenia spp

Ténias são Platelmintas (vermes de corpo achatado) do grupo dos Céstodos  (corpo multisegmentado). Estes parasitas pertencentes ao género Taenia  são provavelmente os parasitas transmitidos pela ingestão de alimentos mais  conhecidos pela maioria das pessoas. São hermafroditas que possuem uma cabeça  arredondada (escólex) que permite ao verme a sua fixação à mucosa intestinal dos  animais parasitados por meio de ganchos e/ou ventosas altamente musculadas.  Todos os estádios do ciclo de vida do parasita são parasitários, encontrando-se  as formas adultas no intestino enquanto as formas larvares se desenvolvem nos  tecidos de vários hospedeiros intermediários. T. saginata, T.  solium e T. asiatica são as espécies com importância clínica.  Tipicamente, T. saginata apresenta como hospedeiro intermédio o gado  bovino e T. solium e T. asiatica o porco.

Com o  desenvolvimento das regras básicas de higiene e da instalação do saneamento, os  problemas causados por estes vermes diminuíram drasticamente nos últimos  anos.

Características de Taenia spp

As Ténias no estado adulto apresentam cerca de 3 a 5 m de comprimento e mais  de 1000 (proglótides) e localizam-se no intestino do hospedeiro. Possuem sistema  reprodutor masculino e feminino, um sistema nervoso e um canal excretor. Não  existe tubo digestivo, sendo os nutrientes absorvidos através da superfície do  corpo do parasita. 

Transmissão de Taenia spp

O principal reservatório das ténias é o Homem. As formas adultas do verme  podem viver mais de 20 anos no intestino do hospedeiro produzindo diariamente  milhares de ovos que são excretados com as fezes. Quando ingeridos por  hospedeiros intermédios, os ovos vão dar origem a larvas (cisticercos) que podem  migrar até aos músculos. No intestino, o cisticerco fixa-se à mucosa intestinal  e forma-se o verme adulto.

O Homem pode ser o hospedeiro intermédio de  T. solium (mas não de T. asiatica e T. saginata) pelo  que, quando os ovos são ingeridos, desenvolvem-se formando-se as larvas no  intestino delgado atingindo depois vários tecidos e órgãos onde enquistam  causando cisticercose (infecção causada por  cisticercos).

Alimentos em que a presença de Taenia  spp é mais frequente

A infecção em humanos ocorre quando é consumida carne infectada crua ou mal  cozinhada. Alguns estudos demonstraram que cerca de 40% dos portadores de vermes  adultos também são portadores de cisticercose, o que indica que a via de  transmissão fecal-oral, directa ou indirecta, por consumo de água ou de  alimentos contaminados é frequente.

Principais sintomas de infecção por Taenia spp

As infecções podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas inespecíficos  tais como falta de apetite, dores abdominais, diarreia ou obstipação.

No  caso de infecção por T. solium, as consequências podem ser mais graves  quando as larvas atingem o cérebro (neurocisticercose), causando vários  distúrbios do sistema nervoso central, do coração e dos olhos.

A cisticercose  atinge o sistema nervoso central principalmente em países da América Latina,  África, Ásia e Europa do Leste. Nos Estados Unidos, onde a doença é rara, mais  de 1000 casos de neurocisticercose são registados anualmente. Em Portugal  existem casos de cisticercose principalmente em zonas menos desenvolvidas do  país.

Prevenção da contaminação 

A instalação de redes de saneamento, evitando a ingestão de dejectos humanos  pelos animais, é uma forma importante de prevenção da infecção. O consumo de  carne bem cozinhada ou a sua congelação destroem os cisticercos. No caso dos  enchidos fumados, consumidos sem qualquer tratamento, é recomendável a  congelação prévia da carne bem como o uso de vinagre no seu tempero.

Bibliografia

Cabaret J, Geerts S, Madeline M, Ballandonne C, Barbier D  (2002). The use of urban sewage sludge on pastures: the cysticercosis  threat. Veterinarian Research 33: 575-579.

Doyle E (2003) Foodborne parasites. A Review of the  scientific literature. Food Research Institute Briefings, Outubro 2003 (http://www.wisc.edu/fri/briefs.htm).

Tavira LT (2002) Parasitologia in Microbiologia, vol 3.  Ferreira WFC e Sousa JCf (eds) pp 448-453. Lidel, Lisboa. 

Escola Superior de Biotecnologia
Universidade Católica  Portuguesa

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