
Os HAPs podem formar-se por decomposição térmica de materiais orgânicos que contenham carbono e hidrogénio. Os processos de formação baseiam-se fundamentalmente nos seguintes mecanismos: carbonização, pirólise e/ou combustão incompleta [2].
As elevadas temperaturas os compostos orgânicos são parcialmente fragmentados originando moléculas mais pequenas e instáveis (pirólise). Estes fragmentos, na maior parte das vezes, radicais, recombinando-se formando moléculas maiores, hidrocarbonetos aromáticos relativamente estáveis (pirossíntese). No entanto, as moléculas complexas de HAPs não precisam necessariamente de serem partidas em pequenos fragmentos antes da pirossíntese. Compostos constituídos por vários anéis, podem ser fragmentados parcialmente, seguidos de uma desidrogenação dos radicais primários. Apesar do número elevado de HAPs diferentes que se podem formar durante as reacções primárias, só um número limitado passa para o meio ambiente. Muitos destes compostos formados nas reacções primárias têm tempos de semi-vida curtos durante o processo de pirólise, atingindo a estabilidade química nas reacções subsquentes. As temperaturas mais elevadas os compostos termodinamicamente mais estáveis formar-se-ão na proporção quantitativa correspondente. Serão fundamentalmente os HAPs não substituídos [2,22].
Independentemente do material a ser queimado, verifica-se com surpresa que a uma determinada temperatura os HAPs formados são semelhantes. Deste modo, o tipo de HAP formado parece depender mais das condições de combustão, do que do tipo de material.