
Frutos Secos e Frutos Secados

A ASAE, de acordo com a sua visão de se manter como entidade de referência, na defesa dos consumidores e da saúde pública intensifica nesta altura do ano as ações de controlo sobre frutos secos e frutos secados, nomeadamente quanto à análise de micotoxinas, tal como previsto no Regulamento (CE) 1881/2006 e suas alterações, (controlo de contaminantes).
Os frutos secos são aqueles que naturalmente se apresentam com um baixo teor de água na sua composição; é o caso da noz, do pinhão, do pistacho, do amendoim, da castanha do brasil entre outros.

Já os frutos secados, como o nome indica, resultam de um processo de secagem do fruto que originalmente é rico em teor de água. Como exemplo de frutos secados temos o caso do figo seco, das sultanas e

passas e dos alperces secos que originalmente têm um elevado teor de água, mas que, por processos artesanais e/ou indústrias sofrem uma secagem, perdendo água e aumentando o teor de resíduo seco.

Naturalmente ricos em fibra, gordura e/ou em açúcares, estes frutos são amplamente consumidos na época fria do ano e fazem parte da tradição das festas de Natal e Ano Novo.
Contudo estes produtos, se não forem tratados de forma cuidada ao longo de toda a cadeia de produção/comercialização (secagem, armazenamento e transporte) podem apresentar risco para a saúde de quem os consome pela presença de micotoxinas resultantes do crescimento de determinados fungos. As micotoxinas são substâncias extremamente nocivas e as suas ações tóxicas vão desde mau estar geral a efeitos cancerígenos, sendo que os órgãos mais afetados são o fígado e os rins, onde se observa uma acumulação destas toxinas.
Armazenamento e transporte de longa duração, exposição à humidade e altas temperaturas são fatores críticos, que favorecem a contaminação destes produtos com micotoxinas.
O reforço do controlo de micotoxinas em frutos secos e frutos secados, nesta altura do ano, está prevista no Plano Nacional de Colheira de Amostras é concretizada nas análises realizadas no Laboratório de Físico Química, que detém o estatuto de Laboratório Nacional de Referência (LNR) para análise de Micotoxinas em géneros alimentícios.

ASAEnews nº 92 - dezembro 2015